quinta-feira, 27 de junho de 2013

Sangria de Champanhe

Gosto muito dele!
Se pudesse nunca o deixaria ir embora!




Os dias são agora grandes, espreguiçam-se pela noite dentro!
O calor inunda o ar é o verão a chegar.
Dizem que será curto, chuvoso e frio, por isso não quero desperdiçar pitada destes dias maravilhosos.
A praia tem estado fabulosa e nada me prende dentro de casa!



Sou mais feliz no verão! O sol, a luz, mas especialmente o calor. Gosto de roupas leves, pé descalço, sal na pele e areia por todo o lado!
As frutas garridas e variadas,  ah! claro as esplanadas, as festas de rua, os gelados,  as bebidas frescas e perfumadas, assim como esta bela sangria... que alegria!




Ando fugida da cozinha, entro e saio à pressa, sem vontade de grandes cozinhados! Saladas, sumos e batidos, grelhados, comida simples e rápida, porque quero tempo, o máximo possível para estar com ele, com o verão!



Gosto imenso de sangria, de todos as variedades, mas tem que ter muita fruta!  No final como-a como se fosse salada de fruta, só que esta está mais... temperada.


Esta taça é para vocês, brindemos ao verão! 




Participo com esta sangria no passatempo que está a decorrer no blogue Cozinhar sem Lactose.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Bolo de Cerejas

Dizem que o sonho comanda a vida! Eu acredito nisso, o sonho move-me muitas vezes em diversos aspetos da minha vida. Moveu-me a fazer este bolo!
Por vezes os sonhos duram pouco, são efémeros, neste caso já se adivinhava que não iria durar muito, só não podia imaginar que nem chegaria inteiro ao seu destino!

  
Desde que chegaram as cerejas que ando a sonhar com este bolo!
Já tinha feito uma tentativa... que não resultou como eu queria mas deu-me as pistas de que precisava. Ainda bem que persisti, fiquei mesmo radiante com o resultado!


Porém a alegria durou pouco, porque para chegar ao seu destino (um almoço entre amigos) teria que viajar uns 35 km! Eu achei que o tinha acondicionado muito bem dentro da geladeira, mas entre travagens, curvas, rotundas e estradas aos trancos e solavancos o meu lindo bolinho não resistiu e foi largando as cerejas.


Quando abria a geladeira deparei-me com as cerejas todas espalhadas e fiquei desolada! Desatei a ralhar com o condutor (coitado do meu marido) que não fizeram uma condução com a suavidade que o meu bolo exigia!
Só me apetecia chorar... 
Consolei-me com a rosca de pão e enchidos quentinha que tinha na mala do carro e por mim o bolo nem teria chegado à mesa!
Os meus amigos fartaram-se de rir, reclamaram pelo bolo e não se importaram nada com o seu aspeto caótico, a verdade é que se comeu todo!

Bolo de Cerejas



Passo a Passo da Montagem



Desenformar e tapar com a metade de bolo reservada.


Mergulhar uma cereja de cada vez na gelatina e formar anéis à volta do bolo.


Finalizar vertendo o creme sobre o bolo e formando um pequeno amontoado de cerejas.

Decorar com folhas de menta.


Apenas uma recomendação, o bolo depois de finalizado deve ser colocado no frio.
Aconselho ainda a que não façam nenhuma viagem de carro com ele! 


Apesar de tudo, agora, olhando as fotos estou feliz de o ter feito e provavelmente irei repetir na certeza que chega direitinho à mesa.


Ficam as fotos para testemunhar com era antes... o depois, bem o depois agora só interessa para vos dizer que estava mesmo bom!

sábado, 15 de junho de 2013

Panna Cotta de Violetas

Dizem que é loucura o que sinto por ti,
Dizem que isto não é amor, apenas dor!
Dizem tanta coisa, falam sem saber,
Pode ser loucura, mas não tem cura,
O meu remédio seria no teu beijo morrer.



Olhando o resultado deste docinho, diria que ele é perfeito para ser comido a dois, talvez num dia especial!



Esta panna cota foi inspirada pela geleia de pétalas de violeta da Casa da Prisca, um sabor realmente surpreendente!







Digam lá que não se sentiriam felizes face a uma violeta destas?



Tão simples de fazer, um sabor suave e uma apresentação tão romântica.



Porque não oferecer uma flor?



Uma flor e uma doce panna cota sobre uma deliciosa e requintada geleia... perfeito!



Sejam românticos, sejam muito felizes!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Bolo de Amêndoas e Nozes com Cobertura Crocante

Nunca a vira, nem mesmo de relance, mas já ouvira falar tanto dela que parecia-lhe conhece-la tão bem! 
Sabia súbitas e nada subtis as suas mudanças de humor e birras de menina mimada, que ele, em pensamento, acarinhava. Sabia-a doce e tão perfumada, sorriso rasgado e olhar de sol raiado.
Certo dia decidiu, iria ao seu encontro, precisava de a ver, porque naquele momento não chegava só de sonhos viver.
Poderia-se achar que ela dele iria escarnecer, mas a Primavera é uma jovem sensível e de bom coração. Foi atenciosa, até mesmo carinhosa, não desprezou aquele amor do Outono, puro e genuíno, conseguiu ler-lhe nos olhos o sorriso de menino. 



O dias andam cinzentos, frescos, chuvosos, por isso apeteceu-me um bolo de outono na primavera! O apetite foi tal que nem o desejo de o fotografar venceu a vontade de o devorar... 
- Ainda bem, dizia o meu marido - havia de ser sempre assim! Depois fazes outra vez!




Um bolo de amêndoas e nozes, que adaptei de uma receita que me foi dada por uma boa amiga (obrigada Ana Cristina). Há quem lhe chame bolo "Russo", não descobri porquê, diz-se ser uma receita bem antiga! 
É bastante parecido com o Bolo de Noz, com a vantagem de levar menos ovos.
Juntei-lhe uma cobertura crocante, com os mesmos frutos secos e algumas notas de outros sabores.





Por se tratar de uma massa muito fofa não me atrevi a colocar logo de inicio o crocante. Coloquei-o quando o bolo já estava parcialmente cozido, assim não corri o risco de ser "engolido" pela massa!


Usei uma forma com chaminé, sem fundo amovível, por isso ao desenformar cobri o bolo com um pano, algum crocante caiu depois voltei-o a colocar no sitio. Numa próxima vez vou fazer noutro tipo de forma (preciso de mais formas).



O Outono, mesmo "entradote" tem lá os seus encantos! A Primavera, que adora ser alvo de atenção, não rejeita um galanteio, lá isso não! 


Se ainda não conhecem este bolo têm que o experimentar, é mesmo muito bom! Eu tive a sorte de o comer feito pela Ana Cristina e não resisti a repetir uma semana depois!


Enquanto o fotografava várias foram as visitas que vieram ao cheiro...


Onde está?
Onde se meteu?
Ainda agora estava aqui!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Delicia de Cereja

Finalmente chegaste, estava mortinho por te ver!
Quando não estou contigo até me sinto morrer.
Tu és a mais bela, querida coquete do meu coração,
Quando te tenho por perto sinto enorme uma inquietação!
Vem cá menina gostosa, dá-me a tua mão, fica aqui pertinho,
Vamos bailar um pouco, juntinhos, quero sentir o teu cheirinho!
E depois, de fugida, no escurinho, sem que ninguém nos veja,
Dá-me um beijo profundo e longo, deixa-me amar-te "Cereja"!


Este ano tardaram a aparecer, elas as meninas bonitas, as belas cerejas.
Eu já andava em dessassocego pensando que não viriam, mas um dia, sem contar, vi-as quando ia a passar. É claro que tive que parar e trazer comigo uma boa caixa destas pequenas maravilhas!


É tão curtinha a época das cerejas, chegam e logo desaparecem, por isso apressei-me a prendar algumas, ainda que por pouco tempo.

Delicia de Cerejas




Isto que aqui se vê pouco tem a ver com o projeto imaginado!
O projeto não teve o resultado que eu queria e por isso reconverti o exterior e no final ficou ainda melhor!
A gelatina, apenas com metade da água faz o efeito de cola ou cimento se quiserem, as cerejas são os tijolos e vai-se montando em fileiras. É moroso, sim é, mas muito fácil de fazer. Além de colar, cria um camada brilhante que torna as cerejas ainda mais desejáveis! São cerejas envoltas em goma... bommm!


Pelo meio houveram vários erros, o interior não correu bem! Esqueci-me de juntar o açúcar ao iogurte, escolhi mal o sabor da gelatina (usei de melância, o que não combinou lá muito bem) e para cúmulo não coloquei sumo de limão, logo a polpa da cereja oxidou e a cor do semifrio estava tipo café com leite!
Deixo-vos a receita, já com a devidas correções para que quando a fizerem tudo vos saia bem!


Não vos mostro o interior, não porque estava feizito (pois estava), mas porque levei esta sobremesa para um piquenique com amigos (o mesmo do post anterior), lá pela Serra D'Arga, como atesta a foto seguinte! Depois de encetar... foi sempre a cortar e distribuir e o que sobrou... não era fotografavel!


A minha ideia inicial ainda cá mora, hoje comprei outra caixa de cerejas, acho que vou voltar a tentar, pelo menos uma parte do projeto porque entretanto... o entretanto vai ficar para outra vez!

Quero aproveitar para pedir desculpa a todas (os) vocês colegas blogueiras (os), pois estou ENORMEMENTE em falta convosco, não tenho visitado praticamente ninguém, nem comentado. Quem anda pelo facebook lá vou vendo... sei que estou a perder maravilhas, mas chega um momento em que o trabalho, a falta de tempo, o cansaço  e uma internet muito lenta e irritante me vence! Além disso o tempo soalheiro convida a sair de casa e fazer outras coisas que sabem tão bem! Sei que muitos de vocês sentem o mesmo e me entendem bem. Os comentários por aqui também vão sendo menos e sinto a vossa falta, mas aos pouco vou tentar passar por todos. Fim de ano letivo a chegar é uma enorme carga de trabalho, espero que me possam desculpar. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pão à Serra D'Árga

Subir a Serra D'Arga com o sol radiante da manhã, respirar o ar fresco e perfumado pelas inúmeras flores silvestres que a pintam na primavera, escutar a festa dos pássaros pelo ar, o concerto dos grilos, percorrer um trilho junto ao ribeiro de Pombas e ao Rego de S. João, sentir a frescura das suas águas, aqui sente-se o pulsar do coração da natureza, estar entre com tanta beleza natural é uma experiência inesquecível!


O Minho é uma região de muita montanha, belos rios e ribeiros, vales encantados e praias a perder de vista. Hoje trago-vos mais que uma receita, trago um pedacinho da formosa Serra d'Arga, mais concretamente um pouco do trilho "Moinhos da Gândara".


Imaginem a farinha que aqui se moeu, o sabor que teria o pão feito com ela... Agora imaginem que juntamos a esse pão uns belos enchidos da região?


A Quinta dos Fumeiros presenteou-me com uma magnifica coleção do seu fumeiro. Entre eles o chouriço e salpição Serra d'Arga. Não consegui imaginar melhor cenário que o própria serra para vos apresentar esta parceria e comer, ainda morno, um pão que faz sonhar com tempos que já lá vão!


Aqui a água é abundante, límpida e muito fresca, ela foi o motor que outrora fez girar a mó dos moinhos que encontramos pelo caminho.



Fecho os olhos e escuto o ruído rouco do girar da mó.


O Pontão do Lobo desafia a gravidade!


As giestas cobrem-se de amarelo garrido e parecem reter nelas os raios do sol!


As águas rumorejantes e tão cristalinas convidam a uma paragem, um banho talvez? Deixei o banho para o verão!


Na lancheira o pão enchia o ar com o seu perfume, aguçava o apetite!



Estende a toalha à sombra fresca de um carvalho... fecha os olhos e sonha, deixa-te invadir pelos sabores da terra, desta terra tão linda, tão linda esta serra.


Sempre que a primavera se fizer notar eu quero aqui voltar, voltar a subir a Serra D'Arga, passar pelo mosteiro, onde conta a lenda se refugiou uma princesa e seu enamorado, tendo ai casado no segredo de um altar florido. 
Quero voltar sabendo que o amor, quando é verdadeiro, vence todas as barreiras, que o amor verdadeiro é atento e cuidado e não se distrai nem mesmo com a paisagem deslumbrante!