Tentar, falhar!
Tentar não desanimar!
Tentar de novo,
E de tanto tentar,
Um dia acabo por acertar!
Até parece que estou a falar do Euromilhões!
Nada disso! Estou a falar em criar um fermento caseiro para fazer pão, mais conhecido por massa-mãe ou isco (starter em inglês).
Nada disso! Estou a falar em criar um fermento caseiro para fazer pão, mais conhecido por massa-mãe ou isco (starter em inglês).
Pode parecer que é muito fácil, provavelmente será para alguns sortudos (ou conhecedores), para mim, uma ignorante completa na matéria, tem sido um caminho com muitas escaladas e grandes ribanceiras!
Não quero desistir, vou continuar a tentar, um dia acerto!
Já tentei vários métodos incluindo o do Paul Hollywood... não correu muito bem! Pensei que talvez fosse por ser no inverno, tempo frio, casa fria... quem sabe com calor corre melhor?!
Provavelmente é a farinha, uso uma sem aditivos, mas não é de moinho de pedra... onde há disso?
Provavelmente é a farinha, uso uma sem aditivos, mas não é de moinho de pedra... onde há disso?
Nesta experiência optei pelo método de Dan Lepard (um padeiro artesanal australiano, radicado na Grã-bertanha), porque nas pesquisas que fiz, pareceu-me uma forma fácil e com uma boa possibilidade de dar certo!
São precisos, no mínimo, 6 dias, mas apenas temos que lhe dedicar alguns minutos.
Vou mostrar-vos o que aconteceu a cada dia e depois fazer um pãozinho de fermento caseiro.
Vou mostrar-vos o que aconteceu a cada dia e depois fazer um pãozinho de fermento caseiro.
1.º Dia
50 ml de água a 20º (temperatura ambiente);
2 colheres de sopa de farinha de trigo (farinha forte, sem fermento, nem aditivos químicos, de preferência biológica);
2 colheres de sopa de farinha de centeio biológica;
2 colheres de sopa de uvas passas;
2 colheres de sopa de iogurte natural magro.
Misturar tudo num frasco de vidro com tampa, deixar 24 horas à temperatura ambiente.
Nesta fase tapei o frasco com um pano para permitir a circulação de ar, pois parece que isto favorece a fermentação.
2.º Dia
Juntar à mistura da véspera:
50 ml de água a 20º C;
2 colheres de sopa de farinha de centeio;
2 colheres de sopa de farinha de trigo;
Mexer bem e deixar em ambiente tépido por 24 horas.
Juntar à mistura da véspera:
50 ml de água a 20º C;
2 colheres de sopa de farinha de centeio;
2 colheres de sopa de farinha de trigo;
Mexer bem e deixar em ambiente tépido por 24 horas.
3.º Dia
Adicionar ao frasco:
100 ml de água a 20º C;
4 colheres de sopa de farinha de trigo;
4 colheres de sopa de farinha de centeio.
Mexer bem e deixar repousar mais 24 horas.
No 4.º dia ao abrir o frasco há sinais visíveis de fermentação com a presença de muitas bolhas e um odor ácido.
Isto parece estar a correr bem!
4.º Dia
Coar a mistura e descartar 3/4 da mesma.
Ao 1/4 restante no frasco (cerca de 90 ml) juntar:
100 ml de água a 20.º C;
125 g de farinha de trigo.
Deixar fermentar por 24 horas.
Aspeto no 5.º dia, antes de refrescar.
A massa aumentou de volume, há muitas bolhas e um cheiro acido forte.
5.º Dia
Rejeitar 3/4 da massa.
Ao 1/4 restante juntar 100 ml de água a 20.º C ;
125 g de farinha de trigo.
Mexer e deixar repousar 24 horas.
Durante o 5.º dia a massa esteve bastante ativa e aumentou de volume é possível ver a marca no frasco, na foto abaixo.
No 6.º dia tinha diminuído e estava menos ativa do que na véspera!
Deve tem a ver com o facto de já não se adicionar farinha de centeio, acho que os meus "bichinhos" preferiam o centeio!
Não desisti, vamos ao que se seguiu...
6.º Dia
Colocar num recipiente limpo:
50 g de massa;
100 ml de água a 20º C;
50 g de massa;
100 ml de água a 20º C;
100 g de farinha de trigo.
Deixar repousar por 24 horas.
A partir de agora já se pode usar na confeção de pão!
Resolvi testar, mas como me pareceu que a minha massa-mãe ainda está pouco ativa juntei 2 g de fermento seco de padeiro.
O resultado não foi mau, mas ainda está longe de ser aquilo que eu procuro!
Quem me dera a minha avó Rosa de Lapaduços por perto!
O resultado não foi mau, mas ainda está longe de ser aquilo que eu procuro!
Quem me dera a minha avó Rosa de Lapaduços por perto!
Como manter a massa-mãe ativa?
Se for para usar com frequencia então procede-se com desta ultima vez, reserva-se 50 g, junta-se 100 ml de água e 100 g de farinha (pode-se reservar mais, usando esta proporção para refrescar e desta forma obtém-se maior quantidade de massa-mãe. Tem que ser refrescada pelo menos a cada 2 dias,são organismos vivos e que precisam de ser alimentados, veja a massa-mãe como um novo animal de estimação, pode até dar-lhe um nome, eheheh!
Se for para usar com frequencia então procede-se com desta ultima vez, reserva-se 50 g, junta-se 100 ml de água e 100 g de farinha (pode-se reservar mais, usando esta proporção para refrescar e desta forma obtém-se maior quantidade de massa-mãe. Tem que ser refrescada pelo menos a cada 2 dias,são organismos vivos e que precisam de ser alimentados, veja a massa-mãe como um novo animal de estimação, pode até dar-lhe um nome, eheheh!
Caso não se vá usar o isco então deve-se colocar no frigorífico e refrescar uma vez por semana, como das vezes anteriores.
Quando se for usar retira-se do frio e refresca-se, deve voltar a ficar ativa.
Quando se for usar retira-se do frio e refresca-se, deve voltar a ficar ativa.
Como usar o a massa-mãe?
O Dan Lepard sugere 150 g a 250 g por cada 500 g de farinha, não refere quantidade de água.
Eu acho isto algo vago...
A Azélia diz que usa 100 g de massa-mãe, por cada 200 g de farinha e 200 g de água (parece-em tanta água... não percebo nada disto!).
Principais fontes consultadas: The Gardina "Dan Lepard's sourdough recipe"; The Partisan Baker; Azelia's Kitchen.
Principais fontes consultadas: The Gardina "Dan Lepard's sourdough recipe"; The Partisan Baker; Azelia's Kitchen.
Nos blogs espanhois vejo muito mas nunca me deu para fazer.
ResponderEliminarO teu pão ficou com um aspecto dilicioso
bjs
Ainda bem que conseguiste criar o isco!!! Viva a persistência! ;-) Quanto às quantidades, eu faço o seguinte - no dia anterior , junto 120g de isco para 200g de farinha e 200 g de agua tépida. Fica a repousar doze horas. Esta quantidade de isco é no dia seguinte misturada com 550 g a 700 g de farinha. Bons pães!
ResponderEliminarOra está aí uma ideia e dica que já pensei em fazer mas como não faço pão todos os dias ainda não me decidi...
ResponderEliminarBeijinhos,
Clarinha
http://www.receitasetruquesdaclarinha.blogspot.pt/
Boa tarde.Eu cozo pão de vez em quando e quando o faço, faço-o em grande quantidade. Uso dois tipos de fermento: um que vem em barra e compro ; outro, com massa de páo que guardo na arca e descongelo de véspera. Antigamente, guardava-se um bocado de massa e colocava-se num recipiente de barro , e funcionava como fermento para levedar. Hoje , congela-se e descongela-se no dia antrerior.
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