Quando Eu For Pequeno
Quando eu for pequeno, mãe, quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono.
Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.
Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.
Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou
[pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.
José Jorge Letria, in "O Livro Branco da Melancolia"
A sugestão foi da Conceição Carvalho, é uma tarte , muito fácil e rápida de preparar.
Ingredientes:
1 base de massa folhada;
200 g de açúcar (usei amarelo);
30 g de farinha de trigo;
125 g de grão-de-bico cozido (usei de lata);
20 g de creme vegetal (pode-se usar manteiga);
3ovos + 3 gemas (reservei 1 para pincelar);
raspa de limão q.b.
canela q.b.
açúcar em pó para polvilhar (não usei).
Execução:
Triturei o grão-de-bico até obter um puré.
Misturei com o açúcar, a farinha, os ovos, as gemas, o creme vegetal, a raspa de limão e a canela.
Mexi bem até obter uma massa homogénea.
Forrei uma forma de tarte com a massa folhada. Usei o papel vegetal que vem a embrulhar a massa, assim não foi preciso untar e foi muito fácil de desenformar.
Piquei o fundo da massa folhada com um garfo, mas sem a romper.
Enchi com o recheio a tarteira.
Levei ao forno pré-aquecido a 180ºC, cerca de 30
minutos ou até dourar. Uns 10 minutos antes de retirar pincelei com a gema de ovo.
Vai acabar num instante! Que delicia.
Tem mesmo muito bom aspecto! Feliz Dia da Mãe Lenita!
ResponderEliminarBoa tarde Lenita,
ResponderEliminarO poema é lindo! A tarte deve ter ficado uma delicia. Ja tirei a receita.
Um beijinho e feliz dia da mãe !
http://ideiasdamoranguetes.blogspot.pt/
Ora ler este poema acompanhado com esta tarte...hummm
ResponderEliminarBjocas e boa semana
As Papinhas dos Babinhos
Que lindo post Lenita!
ResponderEliminarE as flores são giestas? Aqui não há e tenho muita saudade pois associo o seu perfume à minha infância (e à minha mãe!)
Bjnhos
São giestas sim Manuela, aqui há por todo o lado tenho até no quintal! A minha casa fica numa encosta no "monte" como dizemos, por isso abundam e estão lindíssimas.
EliminarBjs
Oi Lenita,
ResponderEliminarFeliz dia das mães.
Beijo,
Vânia
Olá Lenita sou a Delicodoce :)
ResponderEliminarGostei muito do teu blogue, e claro já sou tua seguidora.
Sou novata nesta matéria, mas a caminhada faz-se caminhando...
Desejo de Felicidades e
Bjocas.