domingo, 30 de dezembro de 2012

1.º Aniversário e um Passatempo

Hoje é um dia especial aqui no "Tentações Sobre a Mesa"!
Faz um ano que foi publicada a 1.ª receita
O tempo voa, leva-no os dias que parecem correr nas asas do vento. Muito aconteceu desde então, não poderia imaginar que conheceria tantos blogues e as maravilhosas pessoas que estão por trás dos mesmos, muitas delas tornaram-se amigos queridos, ainda que virtualmente, acompanham, apoiam, acarinham e incentivam-me a cada dia. Não os vou mencionar, são imensos e sei que todos sabem que estão no meu coração.
Ao longo deste ano aprendi imenso... hoje na minha cozinha há um batalhão de especiarias, no quintal novas ervas aromáticas a crescer, na despensa ingredientes diferentes, na estante livros de culinária novos (poucos ainda que a lista é extensa)!
Nunca poderia imaginar que, um ano volvido, o blogue contaria com 320 seguidores e a página do FACEBOOK ultrapassaria os 2000 "Gosto"!
Muitas vezes me questionam, "mas o que é que tu ganhas com isto?"
Ganho imenso... constante aprendizagem, momentos de  entusiasmo e criatividade, a felicidade de colocar algo bonito, saboroso e diferente na mesa, o imenso gosto de fotografar e a alegria de partilhar, de dar e de receber tanto de volta. Tudo isso não tem preço. 
Quero muito agradecer a todos que despendem do seu tempo para me deixar palavras amáveis carregadas de carinho, aos que passam sem nada dizer, aos que me abordam na rua e me perguntam..."és mesmo tu que fazes tudo aquilo?".
Este projeto tem-me feito muito bem, em muitos sentidos e com ele permito-me sonhar.



"Pão para a boca, vinho para a alma" (Fernando Pessoa).

Esta frase e o livro "Os autores dos grandes vinhos portugueses" de José Salvador dão o mote ao PASSATEMPO de aniversário  - "Vinho meu, minha Tentação". Afinal ele, o vinho, está sempre presente nos momentos especiais, a par com a comida. Não o dispensamos para brindar e hoje eu quero  brindar desta forma com todos vocês.


 


 "Um grande vinho não é o acaso de uma vindima; é a constância e consistência de elevada qualidade que atinge as fronteiras da tradição. Ao nível planetário os grandes vinhos portugueses são apenas alguns Portos Vintage, mas à escala nacional poderemos saborear mais alguns dignos dessa classificação. São vinhos com o rosto de quem persegue a harmonia entre o Sol, solos, castas e vinificação. Não há grandes vinhos sem grandes autores", diz-nos o autor deste livro.

Este livro foi uma gentil (e enorme) oferta de amigos muito queridos, para comemorar o 1.º aniversário do blogue e será para sortear entre os participantes do passatempo. 

Ele é um tesouro, não percam a possibilidade de o ganhar.



Como concorrer?

1.º Confecionar uma receita em que o vinho desempenhe um papel  importante;

2.º Se tiver blogue: colocar o link para este passatempo no post da sua receita. Deixar aqui, neste "artigo", o comentário e link para a respetiva receita;

Se não tiver blogue: publicar a receita, modo de execução e foto na página do "Tentações Sobre a Mesa do Facebook", fazendo referência ao passatempo (as receitas irão sendo partilhadas na página).

3.º Cada leitor apenas pode participar 1 vez;

4.º O passatempo decorre de 30 de dezembro de 2012 a 29 de janeiro de 2013;

5.º O sorteio será realizado através do Random Org,  no dia 30 de janeiro, sendo o resultado divulgado aqui e no facebook.

6.º O passatempo é válido só para o território nacional;

7.º O vencedor deverá contactar-me, através de e-mail, no prazo de 3 dias, enviando o seu endereço.

Não é obrigatório ser seguidor do blogue e/ou da página "Tentações Sobre a Mesa no Facebook", mas ficarei feliz se forem.
Não é necessário divulgar o passatempo na página pessoal do facebook ou blogue, mas se o quiserem fazer ficarei grata.
Os amigos de outros países estão convidados a vir à festa e trazer a sua receita mas não entrarão no sorteio, (desculpem) por isso peço que façam referência ao país em que vivem.


(sugestão de uma leitora)

Tarte Tatin de Pêras Bêbadas em Vinho do Porto

Ingredientes:
10 pêras rocha pequenas, maduras e rijas;
500 ml vinho tinto maduro (de boa qualidade);
250 ml de vinho do Porto;
180 g de açúcar;
2 paus de canela;
1 casca de limão;
4 vagens de cardamomo (opcional);

1 embalagem de massa folhada.



Execução:
Descascar as pêras deixando os pés.
Levar o vinho ao lume, com o açúcar, as casca de limão e as especiarias.
Juntar as pêras e deixar ferver em lume brando, até que estas adquiram a cor do vinho e fiquem macias. 

Cortar as pêras em metades e reservar.
Manter o vinho ao lume, adicionar o vinho do Porto, ferver até reduzir e ficar com uma consistência espessa. Está pronto, quando ao mexer, fizer "estrada".

No fundo de uma tarteira dispor as pêras.
Regar com o xarope de vinhos.
Cobrir com a massa folhada.
Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, até que a massa folhada esteja cozida e bem dourada.
Desenformar, invertendo a forma, de imediato.


Tchim-tchim.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Rabanadas com Creme de Ovos

Parabéns a todos os meninos que nascem a cada dia!
Felizes os que têm crianças em casa, não há maior alegria.
Aos olhos das mães, os filhos são sempre pequeninos,
Não importa quantos anos têm, nem que estejam tão altos
Que nem em pontas de pés se lhes chega para dar um beijinho!
Serão sempre crias, filhotes e sabe tão bem tê-los no ninho!




Rabanadas, um doce de Natal por excelência, uma tradição que não pode faltar na mesa.
Há tantas receitas diferentes, com leite, com vinho, com água e açúcar, com e sem calda... já experimentei imensas variações, misturei leite com vinho, passei-as só por gemas antes de fritar, mergulhei em calda de vinho doce e frutos secos...
As que vos trago são as "rainhas" entre as rabanadas, cá em casa já não querem outras! Eu ainda insisti mas foi em vão... 
São muito apreciadas e sempre pedidas estas meninas amarelinhas, ninguém se farta delas, são mesmo uma "tentação sobre a mesa"!



(Adaptado de Teleculinária e Docaria, volume 17., º pág. 263 )

Rabanadas com Creme de Ovos


Ingredientes (rendeu cerca de 18 unidades):
pão cacete duro (usei cacete do fininho);
10 claras (podem ser mais se houver de sobra);
leite q.b.
casca de limão;
óleo para fritar.

Creme de Ovos

500 g de açúcar;
250 ml de água;
casca de limão;
10 gemas.



Execução:
Cortar fatias de pão cacete duro  (3 a 4 dias) na diagonal, com a espessura de um dedo.
Ferver o leite com uma casca de limão.
Bater as claras em castelo firme.
Embeber o pão no leite e escorrer um pouco o excesso.



Cobrir de ambos os lados com as claras aconchegando um pouco, seja generoso e se tiver claras em excesso aproveite para gastar mais algumas.



Formar pequenas nuvens,  envolvendo  totalmente a fatia de pão.
Fritar em óleo moderadamente quente, procurando que não se toquem para não se pegarem umas às outras (poucas de cada vez).



Deixar escorrer sobre papel absorvente, de ambos os lados, troque o papel as vezes necessárias para retirar o máximo de gordura possível, mas não pressionar.
Preparar o creme de ovos fervendo a água com o açúcar e a casca de limão, durante 5 minutos.
Retirar do lume e deixar arrefecer, até a calda estar apenas morna.
Adicionar as gemas batidas, misturar bem e levar de novo ao lume, em temperatura moderada, mexendo sempre até começar a querer levantar fervura. Baixar a temperatura para o mínimo, continuar a mexer e assim que o creme estiver espesso retirar.
Colocar as rabanadas no prato de servir, regar generosamente  cada uma com o creme de ovos.
Polvilhar com canela a gosto.


Não resista, é tempo de festa e de cometer alguns excessos, vá lá... delicie-se.
Experimente-as na festa de passagem de ano, sucesso garantido!



Imaginem colocar na boca um pedacinho de nuvem coberto com um raio de sol e perfumado com o melhor da terra. Delicioso!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Pêras Bêbedas de Natal

As meninas foram à festa e portaram-se muito mal!
Voltaram para casa bêbadas, uma vergonha sem igual.
Agora estão aflitas e sem saber o que fazer,
Não sabem se o Pai Natal prendinhas lhes vai trazer!



Uma receita muito fácil de fazer com um resultado muito bonito e um sabor fantástico. Esta é a versão adequada à época festiva que atravessamos.



Ingredientes:
12 pêras rocha (pequenas, rijas mas maduras);
1 garrafa de vinho tinto maduro (de boa qualidade);
1 cálice  de vinho do Porto (grandinho);
180 g de açúcar;
2 colheres de sopa de mel;
2 paus de canela;
sumo e casca de 1/2 limão;
4 cravinhos;
1 vagem de baunilha (ou algumas gotas de aroma de baunilha);
pinhões;
sultanas;
folhas de hortelã (decoração).



Execução:
Descascar as pêras deixando os pés.
Regar como sumo de limão (evita que oxidem e acrescenta sabor).
Levar o vinho ao lume, com o açúcar, o mel e as especiarias.
Juntar as pêras e deixar ferver um lume brando até que estas adquiram a cor do vinho e fiquem macias.
Retirar e colocar num recipiente fundo.
Manter o vinho ao lume adicionar o vinho do Porto, ferver até o vinho reduzir e ficar com a consistência de um xarope.
Regar as pêras.
Salpicar com pinhões e sultanas e decorar com folhas de hortelã.



Muito boas, impossível comer só uma!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Pizza Calzone Pai Natal

Ele chega amanhã, se escutarem com atenção já se ouvem os guizos das renas!
Dizem que ele gosta de beber um copo de leite e comer bolachinhas, mas cá em casa para o receber haverá algo diferente.



Há dias vi AQUI um brioche  com cara de Pai Natal que me deixou encantada e mortinha por experimentar. Resolvi fazer uma versão salgada, uma pizza calzone.




Ingredientes:
Massa de pizza 
400 g de farinha de trigo T 65;
100 g de farinha de milho branca;
15 g de fermento de padeiro;
2 colheres de sopa de azeite;
1 colher de sobremesa de sal fino;
275 ml de água morna;

Recheio:
Molho de tomate;
cogumelos;
presunto;
queijo mussarela;
azeitonas;
alcaparras;
manjericão.


Execução:
Massa
Misturar as farinhas com o sal.
Abrir uma cova no centro, deitar a água morna e desfazer o fermento. Juntar o azeite. Incorporar a farinhas aos poucos com um garfo. Amassar, deixar levedar num local aquecido durante 1 hora ou até que a massa duplique de tamanho.
Dividir a massa em 3 partes.
Estender a 1.ª , sobre uma folha de papel vegetal, dando-lhe a forma da cabeça (como se vê na imagem).


Rechear generosamente.
Estender a 2.ª parte de forma a cobrir tudo, recortar os excessos.



Pressionar o bordo para unir bem.



Fazer uma dobra dando forma ao gorro.
Colocar uma bola de massa no topo para fazer o pompom.
Cobrir o bordo inferior do gorro com queijo mussarela para simular o "pêlo".
Salpicar com queijo mussarela a zona da barba. 
Estender a ultima parte da massa, formar os olhos, nariz, sobrancelhas. Completar os olhos com azeitonas e a boca com um pequeno gomo de tomate. 
Cobrir a zona da barba e com uma tesoura cortar a tiras.
Aproveitar toda a massa, colocar o bigode e cabelos.
Pincelar o gorro com molho de tomate.
Pincelar a barba com um poco de azeite.
Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, durante 35 a 40 minutos.



Ho! Ho! Ho!



FELIZ NATAL!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Licor de Leite

O melhor do Natal não se encontra dentro de uma caixa embrulhado com papel de fantasia e fitas coloridas. O melhor do Natal não se compra, não se vende, mas dá-se e recebesse. Sim, o melhor do Natal é o que cada um dá de si, o carinho que coloca em cada gesto. O melhor do Natal é feito de luz, de cores, cheiros, sabores, sorrisos e do calor da lareira a arder. O melhor do Natal são os abraços, os sorrisos, o rubor na face, o toque do telefone que trás uma voz querida de longe. O melhor do Natal é podermos estar juntos à volta de uma mesa coberta de amor, isso sim é o melhor do Natal. 
Na memória de Natais passados não guardo o que estava embrulhado, já nem sei o que era, guardo o eco das vozes alegres de todos que me foram e são queridos, guardo o cheiro do açúcar queimado, da canela misturada com o açúcar, do vinho doce, das rabanadas e filhoses quentinhas, o cheiro a pinho, e a  resina das pinhas a abrir, o colorido dos chocolates pendurados no pinheiro, mas especialmente o brilho dos olhos, o eco de muitas vozes misturadas, as gargalhadas, as brincadeiras, o encantamento e a  magia. Essa magia em que continuo a acreditar, porque sei que o Pai Natal existe e encontro-o nas pequenas coisas, pode até ser no calor de um chá de Natal vermelho e quentinho, ou num copo de licor espesso e doce, preparado pelas mãos do meu amor.


Hoje travo-vos uma bebida que se tornou tradição no nosso Natal.
Chegou-nos pela mão de um amigo querido, que  trouxe a receita do Brasil, essa terra maravilhosa que povoa os meus sonhos. Ele chamava-lhe "Leite de Onça", assim o chamamos nós também, mas já vi que esse nome se aplica a uma bebida algo diferente (fiquei com vontade de experimentar), por isso intitulei-a apenas de "Licor de Leite" e fico à espera do que dirão os amigos brasileiros que por aqui passam.
É tradição também ser feita pelo meu marido, é dele a execução.


Ingredientes: 
1 lata de leite condensado;
1 lata* de licor de café;
1 lata de Martini;
1 lata de gin (ou rum).

*A lata do leite condensado é a medida.


Execução:
Misturam-se bem todos os ingredientes.


Espesso, doce, tão bom, sabe a Natal, sabe a alegria.
Desejo a todos os amigos, seguidores e visitantes do "Tentações Sobre a Mesa" um Natal intensamente feliz.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Red Velvet Cupcakes de Beterraba e Framboesa

- Ele está a chegar, ele está a chegar!
- Vá lá meninas, componham-se, deixem-se de tanta excitação!
Elas não conseguiam esconder a emoção, estavam ruborizadas, soltavam risinhos e gargalhadas, afinal só estavam com ele uma vez por ano, era sempre uma ocasião muito desejada e tão, tão especial... um prazer sem igual!
- Olha, é ele que ali vem, está ainda mais lindo, cada ano melhor,...que lindo está o Natal!


Ando de olho neste bolo há imenso tempo, Red Velvet o bolo vermelho.
Porém não me agradava a ideia de encher a massa de corante, queria algo natural!
A beterraba parece a melhor escolha, dada a sua enorme pigmentação, porém um problema se levanta, o calor e o Ph  (entre outros factores) destroem a sua linda cor natural!


Depois de pesquisar um pouco descobri que existem algumas formas de minorar estes feitos, diminuindo o tempo de cozedora e aumentando a acidez da massa,  eu tenho um bom aliado o kefir, bastante fermentado fica bem ácido, mas pode-se usar o buttermilk e iogurte natural.
Menos tempo de cozedura implica fazer bolos mais pequenos, pequeninos...
Era ainda necessário "camuflar" o sabor da beterraba e não lhe queria adicionar chocolate, a framboesa ajuda, o sumo e raspa de limão e as especiarias também.


(Adaptado desta receita aqui)

 Red Velvet Cupcakes de Beterraba e Framboesa

Ingredientes (para 24 unidades):
200 g de beterraba (triturada crua);
1/2 chávena de framboesas (usei congeladas);
1/4 de chávena de sumo de limão (60 ml);
raspa de 1 limão;
2 colheres de sopa de vinagre;
2+1/2 chávenas de farinha;
2 chávenas de açúcar;
3 colheres de sopa de coco ralado;
1/2 chávena de manteiga sem sal (ou creme vegetal sem sal);
4 ovos;
1 chávena de kefir com 72 horas de fermentação (pode substituir por buttermilk e iogurte em partes iguais);
1 colher de chá de cardamomo em pó;
1 colher de café de gengibre em pó;
1 vagem  de baunilha;
2 colheres de chá de fermento em pó.

Creme de Mascarpone
1 chávena de queijo mascarpone;
1/2 de manteiga sem sal (usei creme vegetal);
1/2 de açúcar em pó (provar e adoçar a gosto);
extrato de baunilha a gosto.

Decoração
Framboesas;
folhinhas de hortelã.

Execução:
Reduzir a puré a beterraba crua, junto com as framboesas o sumo de limão e o vinagre. Triturar bastante para desfazer o mais possível.
Bater a manteiga com o açúcar (muito importante manteiga ou creme vegetal  não devem ter sal).
Adicionar os ovos um de cada vez batendo entre cada adição.
Raspar a casca do limão e o interior da vagem de baunilha, adicionar à massa.
Juntar o kefir (ou o leitelho e o iogurte).
Peneirar as farinha, misturar o coco ralado, o fermento e as especiarias.
Envolver bem com os restantes ingredientes.
Deitar nas caixinhas de papel não enchendo totalmente (crescem pouco).
Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, durante 20 minutos.
Deixar arrefecer completamente.
Decorar com o creme de mascarpone, framboesas e uma folhinha de hortelã.


Não sei se sabem mas eu sou Carneiro... de signo e bem teimosa.
Será mesmo que se fizer um bolo maior com esta linda massa vermelha a cor desaparece?


Que vos parece?


Desde que descobri que cortando a romã ao meio e batendo-lhe (acoitando mesmo), com uma colher de pau, os bagos se soltam tão facilmente, passei a usar-la mais. Este ano tenho comprado verdadeiras caixinhas de rubis!


O bolo não ficou vermelhinho, não como os cupcakes, esteve o dobro do tempo no forno!
Valeu a experiência, é caso para dizer "ver para crer"!
A decoração é muito simples e deu-lhe um aspeto bem natalício.


Se o querem ver bem vermelhinho façam os pequeninos.


Cá está, facto comprovado... ao aumentar o tempo de cozedura a cor desvanece.
O Natal já bate à porta, eu gostei muito destes bolinhos, acho que irão fazer um brilharete na mesa. Bem estes não... terei que repetir.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bolo de Limão

Sorri para mim, vá lá mostra-me um sorriso.
Pode ser pequenino, fugás, não faz mal...
Sorri para mim, ainda que seja por um só instante.
Ele  iluminará o teu o semblante
E trará ao meu coração calor,
Por favor, dá-me um sorriso meu amor!
E se alguém disser que o teu sorriso foi amarelo,
Não te importes, deixa-os falar,
Porque se for amarelo será limão,
Raio sol preso na mais fria estação!


Olhem para ele, está a sorrir não esta?
Um bolo que nos sorri, desperta os sentidos e faz nascer muitos sorrisos.


Limão, limão, limão é assim este bolo!


Tão bom num dia cinzento e frio.


Ingredientes:
300 g de açúcar;
200 g de farinha de trigo para bolos;
7 ovos;
130 g de farinha custard (ou maizena);
200 ml de sumo de limão;
raspa de 2 limões;
1 colher de chá de fermento em pó.


Execução:
Untar com manteiga uma forma grande, com chaminé, e polvilhar com farinha.
Peneirar a farinha de trigo, misturar bem a farinha custard e o fermento.
Com as pontas dos dedos esmagar a raspa de limão com o açúcar, até que este fique húmido e se liberte um aroma intenso a limão.
Bater as gemas com o açúcar  de forma a obter uma gemada fofa e esbranquiçada.
Aos poucos, incorporar a farinha e o sumo de limão, alternadamente, em 3 ou 4 vezes.
Bater as claras em castelo e envolver suavemente na massa.
Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, durante 35 a 40 minutos, testar com um palito.
Desenformar depois de frio.


Este é um bolo que se faz cá em casa há muitos anos, embora a farinha custard seja um ingrediente  adicionada mais recentemente (costumava usar maizena), mas veio dar-lhe uma cor a condizer e um sabor baunilhado especialmente bom com o limão.


Já fiz na versão laranja e é igualmente bom.


Vou leva-lo para a festa de aniversário do blogue da  Maria José, tem os 7 ingredientes requeridos  e tem também 7 Gramas de Ternura.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Bolo de Cardamomo com Crocante de Frutos Secos

- Batota, fiz batota e ganhei!
- Isso não se faz! É desonesto.
- Desonesto? 
- A fazer batota qualquer um pode ganhar o jogo... assim não vale.
- Jogo? Que jogo?
- Tu é que disseste que fizeste batota...
- Sim, mas não estava a jogar, estava a cozinhar!



O desafio desta quinzena do grupo Dorie às Sextas foi o "Cardamom Crumb Cake", ou seja, um bolo de cardamomo com crocante.
Estive decidida a não o fazer, não tinha cardamomo em pó e não costumo ser muito feliz com o que coloco por cima da massa dos bolos, quase sempre é engolido! Por isso, quando quero mesmo que fique por cima opto pelos bolos invertidos, upside down, resulta sempre. 
Fiu acompanhando os resultados, como jogador de bancada e passei pelo blog da Susana, foi lá que  vi o cardamomo em grão no almofariz! Como não tinha pensado nisso? 
Então soube que iria fazer o bolo.
Já só faltava resolver o problema do crocante... não iria ser engolido pela massa, não, de jeito nenhum! Nem que para isso fosse preciso fazer batota!


(adaptado de Baking, de Dorie Greenspan)

Ingredientes:

Crocante
1/2 chávena de farinha de trigo;
1/2 chávena de frutos secos grosseiramente picados (nozes, amêndoas e pinhões);
1/3 de chávena de açúcar (amarelo);
1 colher de sopa de raspa de laranja;
1/2 colher de chá de café instantâneo;
1/2 colher de chá de cardamomo em pó;
4 colheres de sopa de manteiga, cortada em pedaços, à temperatura ambiente.

Bolo
2 chávenas de farinha de trigo;
2 colheres de chá de fermento em pó;
1/2 colher, de café, de sal;
1 +1/4 colheres de chá de cardamomo em pó (ou moído na hora);
1 colher de chá de café instantâneo;
2/3 de chávena de açúcar;
1 colheres de sopa de raspa de laranja;
8 colheres de sopa de manteiga sem sal, derretida e fria (usei 6 colheres de sopa de margarina vegetal);
2 ovos grandes;
1/2 chávena de leite (usei kefir);
1/2 chávena de café forte, frio;
1+ 1/2 colheres de chá de extracto de baunilha (usei umas gotas de aroma).


Para moer os grãos de cardamomo juntei um pouco de açúcar 

Execução:


O crocante
Colocar todos os ingredientes, excepto a manteiga, numa tigela e misturar. 
Adicionar a manteiga e com os dedos misturar tudo até ter migalhas de diferentes tamanhos.



O bolo: 
Forrar uma forma com papel vegetal barrado com manteiga, deixando um bordo que possibilite retirar o bolo sem o virar.
Misturar a farinha, o fermento, o sal, o cardamomo e o café.
À parte juntar o açúcar e a raspa de laranja. Esfregar com os dedos até que o açúcar fique húmido e a fragrância de laranja se intensifique. Em seguida, adicionar aos ingredientes secos.
Bater os ovos com o creme vegetal, o kefir, o café e a baunilha. Juntar aos restantes ingredientes e misturar até obter uma massa homogénea.
Levar ao forno, pré-aquecido a 200º, durante 10 minutos. Sem retirar do forno e com cuidado,cobrir com o crocante e salpicar com alguns pinhões. Cozer mais 30 minutos, reduzindo a temperatura do forno para 180º. Se começar a dourar demasiado cobrir com papel vegetal. Fazer o teste do palito.



Ainda bem que fiz este bolo! É delicioso, diferente.... a cada trincadela uma explosão de sabores, sendo que no meu caso, o cardamomo predominou, tal como eu desejava.





O kefir fez a sua magia e deu-lhe leveza, conferiu-lhe uma textura extremamente macia, quase semelhante a uma massa com amido de milho.
O crocante, esse o meu filho descreveu-o com "brutal", ou seja... fantástico!
Um bolo digno de fazer parte da mesa de Natal, provavelmente estará na minha.