Ele é leve, frágil, doce e suave como uma caricia.
Rendeu-lhe homenagem a ela, a bela bailarina.
Ela retribuiu com um sorriso radiante, bailando "En Pointe"!
Ele ficou fascinado pelo seu talento, graciosidade e delicadeza.
"Prima Ballerina", ficarás sempre comigo, a partir de hoje teu nome será meu,
serei para sempre Pavlova!
Este bolo com base de merengue, crocante por fora, bem cremoso por dentro, tradicionalmente coberto com creme chantilly e decorado com fruta fresca, diz-se ter sido feito pela primeira vez para homenagear a bailarina russa Anna Pavlova, (dai o seu nome), aquando de uma digressão que realizou pela Austrália e Nova Zelândia. Ambos reclamam a sua autoria, sendo a sua origem bastante controversa.
A Pavlova está presente nas festas tradicionais destes dois países bem como na Oceania, a sua decoração vai mudando de acordo com a época do ano, e os frutos usados.
A minha pretende coroar a primavera, fazê-la assumir o seu papel principal no bailado das estações, não a deixar fugir mas ela teima em esconder-se atrás do inverno!
Pretende também homenagear um menina muito bonita, a querida Mané, linda, delicada e doce, tal como esta sobremesa.
Ingredientes:
Merengue
180 g de claras de ovo (usei 6) à temperatura ambiente;
1/2 colher de café de sal fino;
300 g de açúcar em pó;
1 colher de sopa de amido de milho;
1 + 1/2 colher de sopa de vinagre de vinho branco;
1 colher de chá de essência de baunilha q.b.
Creme Chantilly com Iogurte
400 ml de natas bem frias;
250 ml de iogurte natural grego;
100 g de açúcar em pó;
3 folhas de gelatina;
1 colher de café de sumo de limão.
Frutas e decoração
300 g de morangos;
100 g de framboesas;
80 g de amoras;
80 g de mirtilos;
80 g de fisalis;
folhas de hortelã menta;
flores de pessegueiro.
Execução:
Bolo de merengue
Bater as claras com o sal, até ficarem bem cremosas.
Aos poucos adicionar o açúcar continuando sempre a bater.
Juntar o vinagre e a baunilha.
Usando uma espátula envolver o amido de milho no creme.
Desenhar uma circunferência numa folha de papel vegetal com o diâmetro um pouco menor do prato em que se quer servir (lembrar que vai crescer). Desenhar uma circunferência menos ao centro se quiser dar forma de coroa à pavlova.
Colocar a folha sobre um tabuleiro e dispor o merengue. Com uma espátula ou colher elevar um pouco as paredes do exterior, formando uma zona um pouco mais baixa no interior, esta parte irá ajudar a suportar o chantilly.
Levar ao frono, pré-aquecido a 130º, durante 50 minutos. Esta baixa temperatura assegurará um exterior crocante e um interior bem cremoso. Não retirar do forno, arrefe dentro do forno com a porta semi aberta.
Chantilly com Iogurte
Demolhar as folhas de gelatina e escorrer bem. Levar uns segundos ao micro-ondas para derreter.
Bater as natas até ficarem bem cremosas e se verem as marcas das varas.
Adiconar o açúcar, o iogurte, a gelatina e o sumo de limão. Bater um pouco mais.
Montagem
Cuidadosamente transferir o bolo de merengue para um prato mantendo o papel vegetal no fundo.
Cobrir com o chantilly e decorar com as frutas.
Levei-a para um almoço entre amigos e por isso não tenho foto do interior para vos mostrar, que pena!
Imaginem o exterior... é como um suspiro, mas por dentro o merengue é bem cremoso e baunilhado; o chantilly (pouco doce) tinha um suave travo a iogurte grego e depois a explosão de sabor dos diferentes frutos...hum! Tão bom.
Posso-vos dizer que quem provou achou delicioso, com uma boa relação entre o doce e o sabor mais ácido dos frutos silvestres. Não ficou nem um pouco enjoativo.
Além de ser visualmente bem bonito, este bolo é uma excelente forma de aproveitar as claras de ovos.
Vou levar a "Pavlova de Primavera" para a festa da Mané, que vai estar em breve a comemorar o 2.º aniversário do seu blogue" O bolo da tia Rosa" e pediu uma receita com fruta e uma história a acompanhar. Espero que goste.