quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pão de Abóbora com Molho de Manteiga e Rum

Hoje comemora-se em muitos locais do mundo o "Dia das Bruxas" ou "Halloween".
Quem, como eu, gosta do mundo da fantasia, do imaginário, tem que se render a esta festividade.
Não vos trago uma receita "assustadora", antes presto homenagem à abóbora, estrela da ocasião.



Pode não ser uma festa tradicional portuguesa, mas se analisarmos bem não nos está assim tão distante, se não vejamos: 
As raízes desta celebração remontam aos povos Celtas que ocupavam a antiga Galia e as ilhas da Grã-Bretanha (aqui bem na Europa), era conhecida por o Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. 
As invasões Romanas mesclaram as tradições celtas com as latinas. Mais tarde o Papa Gregório VI  ordenou que a festa de "Todos os Santos" fosse celebrada universalmente a a 1 de Novembro.  A sua vespertina ou vigília, (que prepara a festa no dia anterior) passou a realizar-se a 31 de Outubro. Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (vigília de todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween". 
Curiosamente a expressão "Dia das Bruxas" apenas é utilizada pelos povos de língua portuguesa!
A utilização de disfarces nasceu possivelmente em França. Muitos outros elementos foram sendo introduzidos ao longo dos séculos por diferentes povos e culturas, as bruxas, por exemplo terão origem nas perseguições da idade média a mulheres e homens considerados curandeiros e/ou pagões.
Achei interessante o facto d a lanterna vegetal (a abóbora esculpida) chamada de "Jack o'lantern" em inglês, se chamar coca em Portugal e Abóbora do "Dia das Bruxas" no Brasil, sendo referida como uma tradição ancestral!
O melhor é mesmo lerem o que a WIKIPÈDIA diz a respeito.



A mim esta festa encanta-me por toda a magia e personagens fantásticos que lhe estão associados, faz sem dúvida as delicias dos pequeninos e de muitos graúdos também!


Analisei várias receitas de pão de abóbora, não segui nenhuma... tirei ideias de todas! 

Ingredientes: rende 2 pães

Massa do pão
4 chávenas de farinha sem fermento T64 + farinha para amassar e bancada (usei quase 1 kg de farinha no total);
1/2 chávena de açúcar;
1/2 chávena de azeite;
1/2 chávena de leite morno (usei kefir);
2 ovos;
1 chávena de puré de abóbora (bem escorrido);
1 colher de café de noz moscada;
1/2 colher de chá de sal;
25 g de fermento de padeiro.

Recheio
canela
açúcar amarelo
sementes de abóbora
nozes

Cobertura
2 colheres de sopa de manteiga;
1/8 de chávena de açúcar amarelo;
1 colher de sopa de leite;
1/2 chávena de açúcar em pó (usei no comum);
1 colher de sopa de rum.



Execução:

Desfazer o fermento no leite morno, adicionar um pouco de açúcar e uma pitada de farinha, misturar e reservar, irá crescer e formar uma espécie de esponja.
Peneirar a farinha, misturar o açúcar e o sal.
Abrir uma cova ao centro e colocar todos os ingredientes líquidos, bem como a esponja de fermento. 
Bater bem a massa, vai ficar bastante peganhenta, é mesmo assim. Deixar levedar até que duplique de tamanho.
Agregar mais farinha à massa, aos poucos até que seja possível formar um bola, mas não demasiada, deve ficar macia, elástica.
Levedar novamente, até duplicar o seu volume.


Enfarinhar a bancada e verter sobre ela a massa.


Salpicar com farinha e dobrar sobre si mesma.
Estender, com o rolo.


Pincelar com manteiga.
Salpicar com o açúcar amarelo e a canela.
Espalhar as sementes de abóbora e nozes partidas grosseiramente.


Enrolar.
Cortar fatias e dispor numa forma forrada com papel vegetal e untada com manteiga.
Ao cortar as fatias não pressionar a massa, usar a ponta da faca. Mergulhar a faca em farinha para que não se pegue à massa entre cada utilização.


Deixar levedar novamente até crescer para o dobro.


Agora levar ao forno, pré-aquecido a 180º, durante cerca de 35 minutos. 



A cobertura

Levar ao lume a manteiga, o leite  e o açúcar amarelo. Assim que levantar fervura retirar.
Adicionar o açúcar e o rum, mexer bem.
Regar o pão ainda morno e servir.



O sabor e textura da massa lembra-me o bolo rei.
- Tu disseste que era pão e sabe a bolo!
- Ok! É Bolopão.



Buuuu!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bolo de Chocolate Branco com Pistachios

Ele é... mas não parece nada!
Não parece mas é!
Nem tudo o que é parece e nem tudo o que parece é!


Se eu não dissesse acho que não saberiam que este bolo é de chocolate! Apenas o cheiro ao sair do forno o denunciava. Chocolate branco, uma tablete inteirinha dele!


Ingredientes:
1 chávena de farinha de trigo para bolos;
1 chávena de açúcar;
1/2 chávena de manteiga;
200 g de chocolate branco em tablete;
1 iogurte natural (grego);
5 ovos (pequenos);
1 colher de chá de fermento em pó;
60 g de pistachios sem casca.


Execução:
Peneirar a farinha. e envolver nela metade dos pistachios.
Derreter o chocolate com a manteiga (no micro-ondas ou em banho maria).
Bater as gemas com o açúcar.  Juntar o creme de chocolate.
Incorporar a farinha aos poucos.
Bater as claras em castelo e envolver cuidadosamente.
Forrar um tabuleiro com papel vegetal e untar com manteiga.
Verter a massa no tabuleiro e salpicar com os restantes pistachios.
Levar ao forno cerca de 35 minutos, fazer o teste do palito.



Devia ter levada mais pistachios, se fizerem coloquem mais a combinação fica muito interessante.
A textura é bastante fofa e húmida, o sabor a chocolate está lá só não se vê!


Este bolinho viajou até à Maia, foi para um lanche na casa da filhota.

sábado, 27 de outubro de 2012

Pão Girassol com Camembert




Antes do fim do mundo, despertar, 
Sem D. Pedro sentir, 
E dizer às donzelas que o luar 
É o aceno do amado que há-de vir... 

E mostrar-lhes que o amor contrariado 
Triunfa até da própria sepultura: 
O amante, mais terno e apaixonado, 
Ergue a noiva caída à sua altura. 

E pedir-lhes, depois fidelidade humana 
Ao mito do poeta, à linda Inês... 
À eterna Julieta castelhana 
Do Romeu português.


Miguel Torga

Mal começara o ano de 1355 e já a tragédia se abatia sobe a sua vida, nada seria igual, e ele tão pouco! D. Pedro I sofria a perda "às mãos de homens sem coração", da sua bela e tão amada Inês de Castro.
Encontrei-o sentado numa namoradeira, de rosto afundado sobre os braços que se apoiavam no parapeito da janela, onde tantas vezes D. Inês por ele esperava, no Paço do Convento de Santa Clara, sua derradeira morada.
Ao principio nem deu por mim e não ousei desperta-lo do tupor em que o via mergulhado, por receio da sua reação. Procurando não fazer nenhum barulho pousei o tabuleiro e já me dispunha a abandonar os aposentos quando, subitamente, ergueu para mim o olhar marcado pelas lágrimas já esgotadas do seu longo pranto.
- Quem és tu? - quis saber.
Com o peito em sobresalto respondi - ninguém sua alteza, ninguém!
- Ah! Então és como eu, pois Inês é morta e eu sem ela nada sou!
Inês da minha alma, meu amor, minha amada que sem ti eu não sou nada!
Inês minha paixão, esposa de meu coração, tão vilmente arrrancada à vida... pensar que foi de meu pai tamanha traição!
Amada minha, a meus braços roubada, eu te juro, linda Inês, não serás jamais esquecida, não, nem por mim nem por ninguém, para sempre serás lembrada, neste reino e em todos além. Teus cabelos louros, teu colo de garça, teu ventre fértil,  tua alma pura, Inês deixo aqui a jura, tu será vingada, minha eterna amada!
Triste sorte a tua e a minha também, nosso amor aqui não se finda não, nosso amor viverá para sempre, meu coração não é meu é teu e assim será, nosso amor a vida vencerá !
Inês tão bela e radiosa, tu minha querida não eras rosa... tu eras estrela, eras o sol  que acalentava minha alma, se fosses flor Inês, serias girassol. Giravas em torno de mim e do nosso amor,  com tamanha inocência e destemor que a todos ousaste desafiar, tudo por me amares!
- Sim meu senhor, D. Inês era a maior flor, a mais radiosa e por isso ousei-lhe trazer este pão, em singela homenagem. Trago também seu queijo predileto.
- Vejo que é verdadeira a tua intenção, deixa-o ai então que seu aroma quente já me desperta os sentidos, comerei um pouco sim. Agora sai, deixa-me só, quero recordar todos os momentos, cada instante passado com ela a  meu lado, depois trás-me meus filhos que neles a reveja em seus olhos sua alma lampeja.


Ingredientes:
2 chávenas de farinha de trigo (T 65);
1 chavena de farinha de trigo integral;
1 chávena de farinha de milho;
300 ml de leite morno;
100 ml de água;
25 g de fermento fresco;
1 colher de sopa de manteiga amolecida;
1 colher de sobremesa de açúcar;
1 colher de café de sal;
sementes de sésamo pretas;
1 queijo camembert;
1 colher de chá de açafrão.


Execução:
Desfazer o fermento com um pouco do leite morno e misturar o açúcar, deixar atuar alguns minutos.
Peneirar para uma tigela grande as farinhas (menos a integral).  Juntar o sal.
Abrir uma cova ao centro das farinhas, adicionar o leite, metade da água, a manteiga e o fermento.
Com movimentos circulares envolver a farinha até que todo o liquido tenha sido absorvido. Caso seja necessário juntar um pouco mais de água ou farinha, deve ficar uma massa lisa e elástica, fácil de formar uma bola. Amassar um pouco. Colocar num local aquecido e deixar levedar durante cerca de 2 a 3 horas, ou até duplicar de volume. 




Retirar um pouco de massa e estender formando um círculo um pouco maior que o queijo, de maneira  que seja possível envolve-lo.
Estender a restante massa formando um círculo grande. Transferir para um tabuleiro levemente enfarinhado. Sobrepor o queijo e cortar tiras a todo o redor, conforme mostra a foto.
Torcer as tiras. Pincelar  a parte que fica virada para cima com o açafrão (previamente desfeito num pouco de água morna). Deixar levedar mais 1 hora.
Pincelar o topo do queijo com azeite e cobrir com as sementes de sésamo pretas.



Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, durante cerca de 35 minutos, ou até que fique dourado.

Sobrou-me alguma massa e resolvi gratinar um segundo queijo, pois pareceu-me muito pão e pouco queijo. Pincelei-o com azeite e salpiquei com alho em pó.




Uma agradável forma de apresentar um pãozinho que se vai desfolhando e mergulhando as pétalas no queijo derretido. A ideia da forma deste pão vi-a  AQUI. Devia ter deixado a massa mais espessa, estendi demasiado fina e não ficou tão bonitinho... fica para a próxima vez.



Com este pão, feito flor, participo na 8.ª edição do "Convidei para Jantar", que é recebido pela  Alice na sua cozinha maravilha, com o tema "Aristocratas" por ela magnificamente escolhido. 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Bolo de Cenoura e Abóbora


- Eu faço os olhos bonitos - afirma a cenoura!
- Eu mantenho a pele saudável - logo responde a abóbora empertigada!
- Eu cá previno o envelhecimento, quem me consumir terá uma vida longa - garante o azeite!
- Então e eu? Sim, não me olhem de lado, eu sou muito benéfico para o cérebro e ajudo a relaxar!
- Agora imaginem o que pode acontecer se nos unirmos!
- Ora, só podem acontecer coisas boas, claro!



Queria fazer um bolo de cenoura.
Comecei a reunir os ingredientes...ups! As cenouras não chegavam, 2 tinham que ser reservadas para a decoração, que chatice! Então e agora?
Junta-se um pouco de abóbora, assunto resolvido! Continuemos...
Óleo vegetal... não há! 
Manteiga... não chega! 
Azeite, esse nunca pode faltar... azeite fica mesmo bom nos biscoitos, no bolo também deve ficar, vou experimentar!
Parece que já não falta mais nada!


Ingredientes:
200 g de cenoura;
150 d de abóbora;
5 ovos (pequenos);
2 chávenas de farinha (capacidade da chávena 250 ml);
2 chávenas de açúcar;
1 chávena de azeite;
2 colheres de chá, rasas, de fermento;
4 vagens de cardamomo (opcional).

Cobertura:
150 g de chocolate negro;
2 colheres de sopa de manteiga;
2 cenouras;
100 g de açúcar.


Execução:
Abrir as vagens de cardamomo, retirar as sementes. Num almofariz esmagá-las e adicioná-las ao azeite. Triturar com a varinha mágica e depois coar.
Descascar e cortar as cenouras e a abóbora em pedaços pequenos.
Adicionar o açúcar, o azeite, as gemas e triturar tudo muito bem.
Peneirar a farinha e juntar o fermento em pó. Incorporá-la no creme anterior.
Bater as claras em castelo e envolver cuidadosamente.
Colocar a massa do bolo numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, durante cerca de 40 minutos, ou até que o palito saia seco.
Desenformar depois de frio.

Cobertura
Derreter o chocolate com a manteiga, mexendo bem.
Verter sobre o bolo.

Num tacho colocar o açúcar com um golo de água (ou sumo de limão).
Ripar as cenouras de forma a obter tiras longas.
Deixar ferver no açúcar até que este começa a ficar espesso mas sem caramelizar.
Distribuir sobre o bolo.


Não se deixem intimidar pelo azeite que este bolo leva, pois o seu sabor não se nota ou melhor só se nota que é mesmo bom! Contudo se preferirem pode ser substituído por óleo vegetal.


A massa fica extremamente fofa e húmida... o cardamomo deu-lhe uma sabor especial que me agradou imenso.


A cobertura de chocolate combina na perfeição. 
As tiras de cenoura acrescem cor e sabor, o seu sabor lembra aquele xarope para a tosse que eu tomava em miúda, com deleite, talvez  não fizesse bem à tosse, mas consolava imenso! 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Queijo de Kefir em Azeite

Eu sei que sou atrevida!
O atrevimento faz para do desejo de ir mais longe... um pouco mais além!
Experimentar coisas novas, novas aventuras.


Já tinha lindo vários artigos sobre a elaboração de queijo creme com kefir e pareceu-me uma excelente ideia. Contudo entusiasmei-me de verdade quando vi um post do Petit Chef.
O meu kefir já cresceu um pouco, está ali na tacinha. Mesmo assim tive que recolher leite fermentando durante alguns dias, até ter a quantidade necessária. Fui colocando em frascos no frigorífico. O leite separa-se do soro, sabemos então que está no ponto certo de fermentação para fazer o queijo.


Ingredientes:
1, 5 l de leite com 72 horas de fermentação.
azeite;
alho;
azeitonas em rodelas;
pimenta rosa;
piri-piri;
alecrim;
oregãos secos;
sal.


Execução:
Colocar o leite fermentado a coar dentro de um pano suspenso sobre uma tigela.
Uma vez por outra mexer com uma colher de plástico pois vai ficando mais espesso no fundo.
Pode-se colocar dentro do frigorífico nesta fase. Quando fica cremoso aperta-se o pano até se retirar a maior parte do soro e restar um creme espesso. 
tempera-se com sal e oregãos.
Preparam-se dois frascos esterilizados, nos quais se coloca azeite até meio, dentes e dentes de alho.
Com duas colheres de plástico formam-se "bolas" como quem faz pasteis de bacalhau.
Vão-se colocando no azeite intercaladas com grão de pimenta e rodelas de azeitona. No final coloca-se por cima um pouco de sal.


No segundo frasco coloquei alho, piri-piri, ramos de alecrim e sal grosso. 
Agora vou esperar algum tempo, 1 ou 2 meses e depois conto-vos o resultado.... adivinha-se bom!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Argola de Pão com Queijos e Presunto

Estava pesarosa porque hoje "Dia do Pão" e "Dia da Alimentação" não tinha nada especial para publicar!
Então lembrei-me deste pãozinho, feito há tempos atrás e que ficou nos rascunhos... 
Meu lindo, vem cá... chegou a tua hora de brilhar!


Já publiquei várias receitas semelhantes a esta, estou sempre a repetir porque de facto é um pão que me sai bem e muito saboroso.


Ingredientes:
Pão
400 g de farinha forte (T 65);
200 g de farinha integral;
300 ml de leite morno;
25 g de manteiga amolecida;
10 g de açúcar;
5 g de sal;
25 g de fermento de padeiro;



Recheio

queijo da ilha;
queijo emental;
queijo cheddar;
presunto;
tomilho e salva.



Execução:
Desfazer o fermento com um pouco do leite morno e o açúcar, deixar atuar alguns minutos.
Peneirar para uma tigela grande as farinhas.  Juntar o sal.
Abrir uma cova ao centro das farinhas, adicionar o leite, metade da água e o fermento.
Com movimentos circulares envolver a farinha até que todo o liquido tenha sido absorvido. Caso seja necessário juntar mais um pouco de água ou farinha, deve ficar uma massa lisa e elástica, fácil de formar uma bola. Amassar um pouco. Colocar num local aquecido e deixar levedar durante cerca de 2 a 3 horas, ou até duplicar de volume. 




Com o rolo estender a massa formando um retângulo grande. Cortar um dos lados em tiras, como se fosse um pente. 
Na outra metade colocar os queijos, presunto e as ervas aromáticas. Enrolar.


Cuidadosamente colocar num tabuleiro levemente enfarinhado e formar uma argola, unindo bem as extremidades usando um pouco de leite para colar bem.


Deixar levedar um pouco mais no mínimo 30 minutos, se for mais melhor.


Este foi comido em boa companhia, com a família toda à mesa e novos amigos também (a D. Lurdes e o Sr. Joaquim). Todos comeram e repetiram e houve quem dissesse que já nem fazia falta o almoço!


Quentinho a sair do forno...


Ou já frio horas depois... é sempre muito bom!

Recebi hoje mais um selo este foi-me dado pela blogue Receitas de Sedução

O prémio Dardos,prestigiado e desejado no mundo dos blogs,reconhece o mérito diário a cada blogueiro que com amor e dedicação faz espalhar o seu conhecimento e criatividade,tornando-o disponível para todos na web.(informação tirada do blog"Depósito Santa Mariah).
De acordo com as regras devemos:

-exibir a imagem do selo no blog
-colocar o link do blog de quem se recebeu o prémio
-escolher outros blogues para receber o Selo Dardos
-avisar os escolhidos


Meus queridos considerem-se desde já avisados, pois desta vez não vou escolher.... sintam-se à vontade para levar o selo, eu gosto de todos vocês, aprendo com todos, recebo carinho de tantos e vejo criatividade e dedicação em cada um de vós.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pão em Espiral com Nozes e Nutella

Roda, roda e volta a rodar,
Roda a saia da menina,
Dança feita de vento no ar,
Notas de sol e de lua a brilhar.
Gosto desse teu rodopio,
Minha folhinha escarlate,
Bailarina de outono sem frio,
Regalo-me a contemplar-te!


Um novo desafio do grupo "Dorei às Sextas", esta quinzena a receita selecionada foi um "Raison Swirl Bread". Já tinha feito um, há tempos atrás, com passas, chocolate e canela (espreitem aqui), por isso resolvi mudar o recheio.

Realizei esta receita, na totalidade, à mão, pelo que o passos que segui são um pouco diferentes dos que a versão original prevê, pois nesta a massa é preparada numa batedeira.


Ingredientes:
Pão
470 g de farinha de trigo (usei sem fermento T 65);
20 g de fermento de padeiro;
50 g de açúcar;
300 ml de leite morno;
58 g de manteiga (à temperatura ambiente;
1 ovo grande;
1/4 de colher de chá de extrato de baunilha;
!73 colher de café de sal fino.

Recheio
creme de barrar Nutella;
miolo de noz.


Execução:
Desfazer o fermento em 100 ml de leite morno, juntar uma colher de sopa de açúcar e outra de farinha. Misturar e reservar alguns minutos até que cresça e fique esponjoso.
Peneirar a farinha, misturar o sal.
Bater o ovo com o leite, o açúcar, a manteiga e o extrato de baunilha.
Abrir uma cova no centro da farinha e adicionar os ingredientes líquidos. Juntar a esponja de fermento.


Incorporar a farinha e amassar bem.


Deixar levedar em local aquecido, (eu coloco no forno que aqueço previamente um pouco, cerca de 38º) até que a massa duplique de volume, entre 1 a 2  horas.


Estender a massa já levedada sobre uma superfície enfarinhada e formar um retângulo.
Barrar com o creme Nutella e salpicar com miolo de noz.


Enrolar como se fosse uma torta.
Untar com manteiga uma forma para pão.
Colocar a massa na forma.
Pincelar com um pouco de manteiga ou leite e decorar com algumas nozes e pepitas de chocolate.


Deixar levedar novamente até que volte a crescer (40 minutos devem chegar).
Cozer em forno, pré-aquecido a 180º, durante 20 minutos descoberta, depois cobrir com papel de alumínio e deixar cozer mais 15 minutos.
Bater com a mão no pão deve fazer um som a oco, está então pronto.


Alguns erros que cometi:
  • o rolo ficou muito grande, pesado e bastante justo dentro da forma, por isso a parte do fundo e as laterais não cresceram ao levedar por falta de espaço;
  • esqueci-me de pincelar e decorar  antes de levedar a 2.ª vez, por isso ao mexer na massa ela baixou um pouco;
  • deixei tempo demais no forno (o despertador não tocou) e cozeu demasiado.

Julgo que se não tivesse colocado o pão dentro da forma mas antes num tabuleiro e formado uma argola que teria crescido mais por não estar constrito.


O interior ficou muito fofo, a massa é saborosa e o recheio... deu-lhe um toque bem guloso!